Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Florbela Espanca
terça-feira, 22 de abril de 2008
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4 comentários:
Ah, Florbela! Conheço poucos poemas dela, mas já percebi q são ótimos!
ótima escolha!
bju!
eu acho a minha cara...
Não conhecia. Lindo poema!
"Sou a que chora sem saber por quê..."
Por que isso sempre acontece? ;P
Bjos!
porra!
do caralho!
gostei ó...
vou procurar ler essa autora
abraçOo
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