terça-feira, 5 de agosto de 2008

Carta póstuma

Estranho ver meu corpo estendido no chão. Parece que tudo se perdeu e eu não sei bem quando nem como. Minha ilusão, minha melancolia, meu sentimentalismo, nada mais consigo sentir. Em um só ato tudo desapareceu, perdi minha juventude cedo e agora perco a vida.
Tentando compreender essa mágoa, me afogo num poço de solidão e sem companhia é mais difícil perceber certos detalhes. Chega a hora de deixar para trás todo o resto; todas as falhas, mentiras e frustrações, não há mais lugar para isso. Quem disse que no inferno só havia guerra errou! No inferno há solidão.
Vendo me assim percebo que é hora de refletir, me redimir comigo mesma. E como fui negligente! Sempre observando a todos e vivendo suas vidas, resolvendo seus problemas, sem nunhum autruísmo, por pura insatisfação com o meu ser, deixei tudo incompleto. Meu egoísmo me matou. Minha melancolia foi a tortura e a penitência. Meu orgulho promoveu a tragédia maior em minha vida e agora estou aqui olhando minha imagem, isenta de sentimentos, perdoada em fim, sem a tortura da culpa.
Gostaria de neste momento ser compreendida e amada pela última e eterna vez.





*****
Demorei a escrever, mas agora voltei realizando o sonho da carta póstuma.
Que ninguém descubra o segredo obscuro que escondo na alma.

3 comentários:

Anônimo disse...

caraaaaaalho vanessa!
iradooooo
_\m/
putz merda, pq tu num tava mais escrevendo? tva acom umas saudades doi caralho de ler essas doidices aê... huehe, o texto IRAAAADOOO, perfeito mesmo
beijOo

Vanessa C. disse...

huehehuheuhe
eu num seii....
tem vezes q a gente se afasta...

Jéssica Welma disse...

Fiquei com medo, irmão!!
rsrsrs

Brincadeira, muito bom! Essa sua veia literária qdo resolve funcionar é realmente singular!

bjos!